Bem-vindo à era da colaboração e do desenvolvimento comunitário. O cooperativismo emerge como uma abordagem poderosa para impulsionar comunidades, promovendo a solidariedade, a igualdade e o crescimento sustentável. Neste espaço, exploraremos os fundamentos do cooperativismo e como essa prática pode transformar vidas e fortalecer laços sociais.

O Que é Cooperativismo?

O cooperativismo é um modelo de organização econômica e social baseado na cooperação entre indivíduos ou grupos que buscam alcançar objetivos comuns. Em vez da competição, a colaboração é o princípio orientador. As cooperativas são lideradas pelos próprios membros, cada um com direitos iguais na tomada de decisões, promovendo a democracia e a equidade.

Princípios Fundamentais

As pessoas ingressam de forma voluntária, sem discriminação, e têm a liberdade de se retirar a qualquer momento.

Cada membro tem uma voz e um voto igual nas decisões, independentemente do seu investimento na cooperativa.

Os membros contribuem financeiramente e compartilham os benefícios proporcionalmente ao seu envolvimento na cooperativa.

As cooperativas são entidades autônomas, controladas pelos membros, e buscam cooperação com outras organizações.

As cooperativas promovem a educação e o desenvolvimento contínuo de seus membros, funcionários e comunidade em geral.

As cooperativas fortalecem-se mutuamente através da colaboração e do compartilhamento de recursos.

As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentável de suas comunidades, promovendo valores éticos.

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História no mundo

O cooperativismo tem raízes profundas na busca por solidariedade e equidade nas relações sociais e econômicas. Seu surgimento remonta ao século XIX, em meio às transformações decorrentes da Revolução Industrial na Europa. Um dos marcos fundamentais foi a criação da Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale, em 1844, na cidade de Rochdale, Inglaterra.

Esse grupo de trabalhadores, inspirado por ideias utópicas e o desejo de superar as adversidades enfrentadas nas condições de trabalho da época, estabeleceu os princípios básicos do cooperativismo. Entre eles, destacam-se a adesão voluntária e aberta, gestão democrática, distribuição equitativa dos resultados e educação cooperativa.

O modelo pioneiro de Rochdale influenciou a disseminação do cooperativismo em diversos setores, como agricultura, crédito, consumo e serviços. Com o tempo, o movimento expandiu-se globalmente, adaptando-se a diferentes contextos culturais e econômicos. Organizações cooperativas surgiram em todo o mundo, promovendo a autonomia, a inclusão social e o desenvolvimento sustentável.

Ao longo dos anos, o cooperativismo demonstrou sua resiliência e capacidade de enfrentar desafios econômicos, sociais e ambientais. Atualmente, as cooperativas desempenham um papel significativo na promoção da justiça social, na geração de empregos e no fortalecimento das comunidades, representando uma alternativa sólida e ética no panorama econômico global.

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História no Brasil

O cooperativismo no Brasil tem suas raízes profundas na trajetória de solidariedade e cooperação entre os trabalhadores. Sua história remonta ao início do século XX, ganhando impulso com a chegada de imigrantes europeus que trouxeram consigo experiências cooperativas.

Em 1902, foi fundada a primeira cooperativa brasileira, a Cooperativa de Consumo dos Empregados no Comércio de São Paulo, conhecida como Coop. No entanto, foi nas décadas de 1950 e 1960 que o cooperativismo no país experimentou um notável crescimento, impulsionado por iniciativas como a criação da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em 1969.

O modelo cooperativista expandiu-se para diversos setores, incluindo agricultura, crédito, saúde e educação. No campo, as cooperativas agrícolas desempenharam um papel crucial no fortalecimento da produção e na melhoria das condições de vida dos agricultores familiares.

Ao longo do tempo, o cooperativismo brasileiro enfrentou desafios, mas demonstrou resiliência diante das mudanças econômicas e sociais. Atualmente, o país abriga milhares de cooperativas, representando uma força significativa na economia, proporcionando empregos, fomentando o empreendedorismo e contribuindo para o desenvolvimento sustentável das comunidades.

O cooperativismo no Brasil é reconhecido não apenas como uma alternativa econômica viável, mas também como um modelo que promove a inclusão social, a democracia e a participação ativa dos seus membros na construção de um futuro mais justo e equitativo.

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Ramos do Cooperativismo

O Ramo Agropecuário reúne cooperativas relacionadas às atividades agropecuária, extrativista, agroindustrial, aquícola ou pesqueira.  O papel da cooperativa é receber, comercializar, armazenar e industrializar a produção dos cooperados. Além, é claro, de oferecer assistência técnica, educacional e social. Hoje, segundo o IBGE, 48% de tudo que é produzido no campo brasileiro passa, de alguma forma, por uma cooperativa.

Este ramo é composto por cooperativas que realizam compra em comum, tanto de produtos quanto de serviços, para seus cooperados (supermercados, farmácias). Engloba, também, as cooperativas formadas por pais para contratação de serviços educacionais e também aquelas de consumo de serviços turísticos. A principal alteração deste ramo foi a inclusão dos antigos “Educacional” e “Turismo e Lazer”.

O negócio, aqui, é promover a poupança e oferecer soluções financeiras adequadas às necessidades de cada cooperado. Sempre a preço justo e em condições vantajosas. Afinal, o foco do cooperativismo de crédito são as pessoas, não o lucro.

Formado por cooperativas que fornecem serviços essenciais para seus associados, como energia e telefonia por exemplo. Seja repassando a energia de concessionárias ou gerando a sua própria, esses empreendimentos garantem o acesso dos cooperados a condições fundamentais para seu desenvolvimento. A principal alteração neste ramo foi a incorporação do antigo “Ramo Habitacional”. Com isso, passa a incluir, também, as cooperativas de construção de imóveis para moradia.

O Brasil é referência neste ramo. Além de sermos pioneiros no setor, somos o país com maior número de cooperativas dedicadas à preservação e à promoção da saúde humana. O segmento surgiu no Brasil e se expandiu para outros países. O ramo saúde reúne cooperativas formadas por médicos, odontólogos ou profissionais ligados à área de saúde humana, enquadrados no CNAE 865, e também as cooperativas de usuários que se reúnem para constituir um plano de saúde.

Esse ramo engloba as cooperativas que prestam serviços especializados a terceiros ou que produzem bens tais como beneficiamento de material reciclável e artesanatos, por exemplo. Ele reúne todas as cooperativas de professores e dos antigos ramos: produção, mineral, parte do turismo e lazer e, por fim, especial.

Formado por cooperativas que atuam na prestação de serviços de transporte de cargas e passageiros. Essas cooperativas têm gestões específicas para cada uma de suas modalidades: transporte individual (táxi e moto táxi), transporte coletivo (vans, micro-ônibus e ônibus), transporte de cargas ou moto frete e transporte escolar.  A nomenclatura do ramo permanece a mesma, mas alterações significativas foram definidas.

O ramo de seguros foi regulamentado pela Lei Complementar nº 213, de 2025. As cooperativas poderão atuar em diversos segmentos de seguros privados, com normas regulatórias proporcionais ao modelo cooperativo e adequadas à sua forma societária.

Como funciona uma cooperativa?

As decisões são coletivas

Nas cooperativas, as decisões acontecem em assembleias democráticas. Todos os membros podem votar e ganha a decisão da maioria. Existe a Assembleia Geral, que é anual, e as extraordinárias, que ocorrem de acordo com a necessidade da cooperativa.

Visão estratégica

O Conselho de Administração ou Diretoria define as estratégias em relação ao mercado para a cooperativa ser bem-sucedida. Esse órgão deve ter de cinco a onze diretores eleitos na Assembleia Geral.

Transparência

É nomeado um Conselho Fiscal para supervisionar os atos da administração da coop, garantindo a transparência e os interesses dos cooperados.

Decisões do dia a dia

As decisões administrativas, como a contratação de pessoas, são da gestão executiva da coop. A composição dessa gestão é a seguinte: a presidência, diretoria e superintendência executiva.

Valores

O funcionamento das cooperativas é baseado em princípios e valores que marcam uma visão sustentável dos negócios.

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